Thailan Rehbein de Oliveira, 20 anos, filho de dona Margarete e seu Luis Cláudio Fernandes de Oliveira- Trabalhava com serviços de montagem na empresa Bottero Calçados, em Agudo há dois anos. Há quatro meses, convenceu a mãe, que era doméstica, a trabalhar no mesmo local. Os dois iam e voltavam juntos da fábrica. “Éramos muito unidos. Se eu saía de casa e não deixava um bilhete, ele já me ligava perguntando onde eu estava”, relata Margareth..
Era namorado de Bruna Neu, também morta na tragédia.
Thailan Rebhein estava prestes a começar uma nova vida. Ele havia sido aprovado para o curso de Eletromecânica Técnico Industrial da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e fez a matrícula no dia 25 de janeiro de 2013, véspera do incêndio. As aulas começariam dia 11 de março de 2013 “Era a coisa que ele mais queria. Quando descobriu que passou, ele pulava dentro de casa, me abraçava, me beijava”, recorda a mãe, a costureira Margareth Teresinha, 48 anos, que perdeu seus dois filhos no incêndio.
Thailan Rebhein estava prestes a começar uma nova vida. Ele havia sido aprovado para o curso de Eletromecânica Técnico Industrial da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e fez a matrícula no dia 25 de janeiro de 2013, véspera do incêndio. As aulas começariam dia 11 de março de 2013 “Era a coisa que ele mais queria. Quando descobriu que passou, ele pulava dentro de casa, me abraçava, me beijava”, recorda a mãe, a costureira Margareth Teresinha, 48 anos, que perdeu seus dois filhos no incêndio.
Morava com a mãe, em Agudo, no centro do estado, e tinha viajado para Santa Maria na última sexta-feira a fim de fazer matrícula na Faculdade . Thylan foi o primeiro da família a chegar ao ensino superior, causando um orgulho enorme em Luís Cláudio, que não conseguira terminar o ensino médio. A conquista do filho mais novo era de toda a família.
Bruna Eduarda Neu, 19, morava em Linha das Pedras, interior do município.
“Era como uma filha para mim. Nos finais de semana estávamos sempre aqui em casa”, conta Margareth.
“Era como uma filha para mim. Nos finais de semana estávamos sempre aqui em casa”, conta Margareth.
Foi a convite de Bruna que Thailan Rehbein e o amigo também chamado Thailan Oliveira partiram rumo a Santa Maria na sexta-feira, na motocicleta do mais velho. Eles dormiram no apartamento dela e, no sábado, foram à festa na boate Kiss, que arrecadaria dinheiro para a formatura da estudante no curso de Tecnologia de Alimentos da UFSM. “Eles estavam contando os dias para ir nesta boate. Saíram muito felizes daqui”, lembra Margareth.
Inseparáveis desde a infância, a ponto de chamarem-se de “irmãos”, freqüentavam os mesmos locais e aos finais de semana costumavam ir à localidade de Cerro Chato, interior do município, para fazer churrasco e tomar banho de rio. Os dois estavam na boate Kiss na madrugada do último domingo, junto com a noiva do mais velho, Bruna Eduarda Neu, 19 anos. O irmão de Thailan Rebhein, Alan Raí, 26, e a namorada dele, Nathiele Soares, também estavam no local. Os cinco estão entre as 235 vítimas fatais do incêndio.
O que diferenciava os dois xarás eram os apelidos. Por ser o mais velho, Thailan Rebhein era chamado de Tatá Um. O mais novo era conhecido como Tatá Dois ou Leitão. “Ele era gordinho, depois emagreceu. Mas gostava do apelido”, justifica a mãe. Embora não tivessem grau de parentesco, até o sobrenome Oliveira era o mesmo. Isso fez com que o número de mortos no incêndio tivesse que ser revisado pelo governo do Estado, já que inicialmente as autoridades acreditavam que eles fossem apenas uma pessoa.
Facebook: Thailan de Oliveira
Facebook: Thailan de Oliveira
No quarto de Thailan Rebhein, a bandeira do Grêmio ainda está estendida sobre a cama, assim como a camiseta do Figueirense, time amador de Agudo em que jogava como goleiro. “Era um guri muito alegre. Vivia dançando dentro de casa”, recorda Margareth.
Com o pai |
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