Neiva Carina de Oliveira Marin, 18 anos morava em Santa Maria e trabalhava nas Lojas Americanas.
"Bora pra festa que a vida é curta". Foi essa a frase escrita no Facebook pela jovem, pouco antes de ir para a boate Kiss, onde se tornaria uma das vítimas do incêndio que atingiu a casa noturna na madrugada de domingo. O relato é da prima de Neiva, Claudia Freitas Couto, uma das familiares que esteve no enterro da jovem, realizado na tarde de segunda-feira, num cemitério ecumênico de Santa Maria.
A operadora de caixa das Lojas Americanas Alessandra Mattos, 23 anos, não para de pensar nos cinco amigos que perdeu no incêndio da boate Kiss. Mas o que também não sai da cabeça de Alessandra é que ela foi salva pelo ciúme de seu marido. "Eu estava com o convite comprado, mas ele não me deixou ir", diz. Foi por ciúme e pelo fato de o casal ter um filho de três anos. "Ele disse que era para eu ficar em casa e cuidar do guri. Fiquei com raiva, ameacei, mas não fui." A corriqueira briga de casal que tanto a irritou, livrou a comerciária do horror daquela madrugada. Todos os seus colegas, com quem ela certamente estaria na casa noturna, morreram na tragédia. Alessandra perdeu os amigos Neiva Carina de Oliveira Marin, Odomar Gonzaga Noronha, Paula Rodrigues Costa e Sandra Victorino Goulart, além de Evelin Costa Lopes, que trabalhava em outra loja. " Tive uma dor no peito horrível quando soube, fui parar no hospital. Fico aliviada por estar viva, mas triste de não tê-los mais por perto", diz a jovem que viu seus amigos pela última vez no sábado 26, antes de sair do trabalho. "Eles me abraçaram, me beijaram. Ainda bem."
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