Natana Pereira Canto,completaria 20 anos no dia 1° de fevereiro de 2013, não conseguiu escapar do incêndio da boate Kiss e morreu asfixiada. Solteira, gostava de viajar e de cinema, conta o irmão Micael de 24 anos. Ela havia acabado de deixar o emprego de telefonista do fórum da cidade e se preparava para fazer um estágio em um escritório de advocacia.
Por volta de 1h, avisou a mãe, Maria Gorete, que iria á boate Kiss e chegaria em casa ás 3h30. A mãe tomou um remédio para dormir e só acordou ás 6h, com o telefone tocando. " A partir daquele momento, eu morri." Foi quando se deu conta de que não veria mais a filha, que estudava Direito,estava no terceiro semestre, queria ser juíza e sonhava em se casar. Trabalhava como telefonista no fórum para ajudar nas despesas da faculdade.
A mãe, Maria Gorete Pereira, professora e o pai, Joel, eram amparados a todo momento por amigos e familiares. "Era uma menina risonha, alegre", diz a prima Eli Neves Canto, que esteve com Natana até perto da meia-noite, pouco antes de ela seguir com um amigo para a boate. " Nós fomos jantar e depois ela me deixou em casa e foi para a Kiss", explica Eli. "Ela adorava dançar. Gorete vai sofrer muito com a perda da filha. Eram muito amigas. "
Ao chegar na boate, Natana encontrou-se com outra prima, Daniele, de 22 anos. Quando o fogo começou, Daniele, que sofre de asma, conseguiu manter o controle e sair. Natana não teve tempo.
Parentes e amigos das vítimas ainda sofrem com a tragédia. A mãe de Natana Pereira, tem crises de choro e perdas temporárias de memória:_ Eu não aceito a morte da minha filha. Passo os dias caminhando pela rua, esqueço o nome das pessoas. Voltei a fumar, depois de 15 anos. O futuro não me interessa mais. Minha vida terminou.
Fontes: Estadão Conteúdo e Extra Globo.
Bonita e vaidosa, Natana Pereira Canto tinha uma companhia inseparável no último ano e meio:Um cachorro de pelúcia, presente de um amigo de faculdade.
Só se separava do bichinho quando saía de casa, como na noite de sábado, em que foi jantar com amigos para esquecer o fim de um namoro de oito meses.
No velório, além da beleza da jovem na foto do cartaz que identificava o caixão, chamava a atenção o seu inseparável bichinho de pelúcia.
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