Melissa Berguemaier Correa



Melissa Berguemaier Correia, natural de São Francisco de Assis, morava em Santa Maria e cursava Agronomia na UFSM. Filha da professora Viviane Reghelin Berguemaier.


      


Melissa sempre foi uma jovem alegre, muito família, ligada a mãe e com vários amigos, querida por todos aqueles que a conheciam.


Companhia constante da mãe, que além dos laços maternais, haviam muita cumplicidade entre elas, eram muito amigas, viajavam juntas, faziam passeios que hoje estão registrados em fotografias que emanam muitas saudades da companhia inesquecível dessa bela garota.




     Amigas, colegas de faculdade, a cumplicidade e alegria sempre acompanhavam essas jovens que amavam se divertir, sair com os amigos e curtir cada instante da vida. Melissa sempre estava acompanhada pelas amigas Andrise e Paula Batistella Gatto.Quando estavam juntas a diversão estava garantida.


     Doação da Viviane, mãe da Melissa à Casa Geriátrica São José, em São Francisco de Assis - janeiro de 2015.


A retomada: Duas amigas
Na terça-feira passada, a formanda Elci Gubiani, 26 anos, entrou no prédio do curso de Agronomia e dirigiu-se ao laboratório de química e fertilidade do solo. Ao entrar na sala, desandou a chorar. Não aguentou permanecer no mesmo ambiente em que convivia todos os dias com a bolsista Melissa Correa, aluna do terceiro semestre . Elci teve de virar as costas e voltar para casa.
Uma semana antes, quando as duas amigas se encontraram no local de trabalho, Melissa disparara:
- Tua orelha não ficou vermelha?
- Por quê? - questionou Elci.
- Porque passei o fim de semana falando bem de ti.
A amizade tinha mais de um ano, desde a entrada de Melissa no laboratório. Em um dia de novembro, ela pulou sobre a recém-chegada Elci e deu-lhe um abraço.
- Parabéns!
Foi ali, por Melissa, que a formanda soube que havia se saído bem nos testes de admissão para o mestrado. As duas planejavam trabalhar juntas durante a pós-graduação da mais velha, com Melissa na função de bolsista. Apesar da dor, Elci está convencida de que conseguirá trabalhar no laboratório, onde o jaleco branco manchado de terra de Melissa permanece com destino incerto.


- O laboratório não vai ser um ambiente com sentimentos ruins, porque está associado a lembranças boas. Ele vai me lembrar da Melissa sempre sorrindo, me abraçando, fazendo o que gostava - afirma.

Poema escrito em sua homenagem:

"Quando se foi a menina, e toda a tristeza estendeu o véu. Apagou-se o brilho, que havia em seus olhos, e acendeu a estrela mais linda no céu. Quando se foi a menina, e o pranto enlutado correu pela face fizeram-se parcas todas as esperanças, como se minha alma inteira calasse.
E um mistério profundo, tecendo em negro um mundo vazio, de quem solitário ficou a chorar, e sem entender porque você partiu. Mas ficou o teu sorriso, numa lembrança encantada, como se fosse luz viva, iluminando a estrada.
E toda a saudade tua, para afastar um final, Eterniza a tua presença, numa forma angelical. Não senti mais o perfume, que havia em você minha flor pequenina
Então vi surgir um ser todo de luz, quando se foi a menina.


Quando se foi a menina, amargando toda a realidade, tudo que era seu, ficou do seu jeito, e hoje é a cara da minha saudade. Quando se foi a menina, fiz do que era sonho, a minha tristeza, E o dia mais triste, daquele janeiro, nasceu impedindo que eu te reveja.


Distanciou nossos abraços, apagou as ilusões, separou nossos olhares, mas não nossos corações.

E ficou o teu sorriso, numa lembrança encantada
Como se fosse luz viva, iluminando a estrada.


E toda saudade tua, para afastar um final
Eterniza a tua presença, numa forma angelical.
Não senti mais o perfume que havia em você, minha flor pequenina
Então vi surgir um ser todo de luz quando se foi a menina.

Autor: Jader Gindri Berguemaier

















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