Irmãos Gustavo Marques Gonçalves de 25 anos e Deivis Marques Gonçalves de 33 anos. (Da esquerda para a direita) |
Deivis Marques Gonçalves, de 33 anos, natural de Santa Maria. Ele havia parado com o curso de Administração de Empresas, na Unifra ( Centro Universitário Franciscano) era atendente de farmácia e trabalhava numa loja da Panvel. O rapaz morava com a mãe.
Filho mais velho de dona Elaine, Deives Marques Gonçalves, perdeu a vida no mesmo dia da tragédia, em 27 de janeiro de 2013. Já o irmão, Gustavo Marques Gonçalves, de 25 anos, morreu dois dias depois. Ele havia sido transferido para Porto Alegre, mas não resistiu.
Depois de encerrar o expediente na loja de calçados, por volta de 21h, os irmãos Deivis e Gustavo Gonçalves, reuniram amigos em casa, onde moravam com a mãe e a irmã, para escolher o destino da noite. Gustavo quase não foi, porque estava começando um flerte com uma menina. Mas acabou seguindo o grupo.
Eles foram a uma festa na boate Kiss, no centro de Santa Maria, a cerca de 300 km de Porto Alegre. Às 9h ela recebeu a notícia sobre a tragédia e ficou sabendo que perdera Deivis. Gustavo, resgatado com queimaduras pelo corpo e intoxicação respiratória, havia sido transferido para o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre.
Torcedor fanático do Grêmio, tinha uma bandeira de 10 metros do clube. “Eles iam ao jogo e se enrolavam naquela bandeira”, contou a mãe do rapaz, após o sepultamento. Deivis era um rapaz tímido, mas um excelente funcionário”, contou Marcelo Santos, gerente da farmácia. Marcelo, que passou a manhã de segunda-feira acompanhando o velório no ginásio, ao lado de amigos e parentes de Deivis, foi o responsável pela entrevista de recrutamento do atendente. “O Deivis era um cara boa gente”, afirmou o gerente.
Nos últimos anos, a família passava por momentos difíceis. O pai de Deivis e Gustavo morreu há dois anos. “E tem dois meses que morreu a avó deles”, conta o tio, Luis Carlos Gonçalves, de 62 anos. Morando com a mãe, Deivis era solteiro e não tinha o hábito de frequentar festas. “No sábado ele disse: mãe, nós vamos dar uma volta. Se não tiver bom, a gente volta logo”, recorda Elaine. “Saiu de casa para se divertir e não voltou mais.”
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