Danilo Brauner Jaques, 28 anos, músico, gaiteiro da banda Gurizada Fandangueira, que é apontada pela polícia, com base em depoimentos, como responsável pelo acionamento do equipamento pirotécnico que teria iniciado o fogo. Foi o único integrante da banda vitimado pelo incêndio ocorrido enquanto a banda se apresentava na boate kiss, em Santa Maria.
Por telefone, o familiar afirmou que relatos de testemunhas da tragédia indicam que Jaques teria conseguido escapar do fogo e da fumaça, mas voltou para a casa noturna para resgatar sua sanfona. E não conseguiu sair de novo. Ele tinha carinho pelo acordeão. Na internet, havia publicado uma foto do instrumento com a inscrição "minha criança".
O pai e o irmão do gaiteiro Danilo Brauner Jaques estiveram na 1ª Delegacia de Polícia de Santa Maria para retirar a gaita do músico.
De acordo com o irmão Bruno Brauner Jaques, 18 anos, Danilo possuía treinamento anti-incêndio. "Tenho certeza de que, se o extintor estivesse funcionando, teria ajudado a combater o fogo", afirmou, considerando que a "corda sempre arrebenta do lado mais fraco."
Muito abalado o pai de Danilo, Daniel Cabreira Jaques, 53 anos, disse que o filho aprendeu a tocar gaita com ele, quando tinha 9 anos de idade. "Ele era muito bom. Ensinei o básico, depois ele foi aprendendo sozinho", conta.
Jaques era solteiro e, além de sanfoneiro, era dono da DB Som, empresa de locação de estruturas, som e luz para eventos. Amigos dele são empregados da empresa, que faz a intermediação para contratar shows da banda.
Família contesta versão de que Danilo Jaques teria voltado à boate para buscar a gaita
A informação de que o gaiteiro do grupo Gurizada Fandangueira, Danilo Jaques, havia saído da boate Kiss e retornado para buscar a sua gaita não é aceita pela família do músico. Segundo o irmão mais novo dele, Bruno Brauner Jaques, 23, Danilo não chegou a se desfazer do instrumento. “Ele saiu do palco com a gaita”, afirma. O músico – uma das 235 vítimas fatais da tragédia – teria sido encontrado abraçado ao instrumento. Segundo Bruno, a história foi contada por um integrante da banda, que ele não revela o nome. “No trajeto entre o palco e a saída, o integrante não viu mais ele.”
Bruno foi à 1º Delegacia de Polícia de Santa Maria, onde estão alguns dos objetos pessoais das vítimas, para recuperar a gaita. Por questões burocráticas, não conseguiu levar o instrumento, mas chegou a entrar na sala onde estava o objeto. “Pelo menos quis ver ela para ter uma lembrança”, afirmou.
Conforme o irmão, Danilo havia adquirido a gaita havia cerca de dois meses. Ela custou R$ 22 mil e metade do valor já estava quitado. Para o músico, a gaita representava muito mais do que um simples instrumento. “A gaita era tudo para ele. Ele conseguiu se formar em Sistemas de Informática graças à música”, conta Bruno. O gaiteiro chegava a ter ciúmes. “Só quem mexia na gaita era ele e o roadie dele”, afirmou o irmão mais novo.
Ainda de acordo com Bruno, o irmão mais velho havia feito um curso recentemente de primeiros socorros para ocorrências de incêndio.
Conforme o irmão, Danilo havia adquirido a gaita havia cerca de dois meses. Ela custou R$ 22 mil e metade do valor já estava quitado. Para o músico, a gaita representava muito mais do que um simples instrumento. “A gaita era tudo para ele. Ele conseguiu se formar em Sistemas de Informática graças à música”, conta Bruno. O gaiteiro chegava a ter ciúmes. “Só quem mexia na gaita era ele e o roadie dele”, afirmou o irmão mais novo.
Ainda de acordo com Bruno, o irmão mais velho havia feito um curso recentemente de primeiros socorros para ocorrências de incêndio.
Fonte: Correio do povo
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