Andressa Ferreira Flores, 24 anos, foi aluna de Estética e Coméstica, na Ulbra de Santa Maria. trabalhava na boate Kiss servindo drinks havia um ano. Segundo seu pai,ganhava 50 reais por noite. Nunca tinha comentado que não era seguro.Era amiga de Pâmella de Jesus Lopes e Rogério Ivaniski que trabalhavam na boate na hora do incêndio.Deixa uma filha de dois anos.
Filha de pais separados Jaderson Tiani Lemos Flores e Cláudia Ferreira Flores, tem dois irmãos, Matheus Flores e Dani Flores.
" A mamãe virou uma estrelinha". Era com essa expressão que a família de Andressa Ferreira Flores, uma das 242 vítimas da boate Kiss, tentava explicar para Amanda, de 2 anos e oito meses, a ausência da mãe. " A psicóloga nos ensinou que deveríamos contar a verdade, que ela iria entender. Agora, ela só pergunta porque a mãe não a levou junto", conta a madrasta , Aline Santos.
Enquanto enfrenta o luto, a família da jovem tem de lidar com a possibilidade de outra perda. O pai da filha de Andressa, Rodolfo Lyra de Souza, quer levar a criança para Aracaju(SE), onde vive. A menina morava com a mãe em Santa Maria(RS). No dia do acidente, o pai da criança estava no Sul.
Segundo o pai de Andressa, o policial aposentado Janderson Tiani Lemos Flores, a família mantinha boa relação com Souza, que, separado de Andressa, visitava a filha regularmente.
A situação se tornou menos amigável no início do mês de fevereiro. De acordo com Flores, no dia 4 de fevereiro, Souza levou a menina para rodoviária sem avisar a família de Andressa, que chegou a tempo de impedir a viagem. "Depois da morte da minha filha, ele (Souza) concordou em ficar um tempo em Santa Maria para vermos como a Amanda ia se sentir. Não entendo por que ele quis ir embora sem avisar", diz Flores, preocupado com o destino da neta. A mãe de Andressa, Cláudia Ferreira Flores, é quem está cuidando da criança desde a morte da filha. A empresária entrou com um pedido na justiça pela guarda de Amanda. "Se o juiz der a guarda para ele, eu vou aceitar. Mas quero estar na rodoviária para me despedir da minha neta," diz Flores. A preocupação dos pais de Andressa é com o bem-estar da menina. "Ela acabou de perder a mãe. Não pode perder toda a referência que nós representamos para ela, de uma hora para outra," acrescenta o avô.
O quarto que um dia foi da mãe agora espera pela filha. No ambiente, objetos de uma e da outra se misturam. O perfume que Andressa Ferreira Flores mais gostava e os brinquedos que ela comprou para a filha antes de morrer. Na parede, fotos das duas eternizam momentos do pouco tempo que tiveram juntas. Foram dois anos que jamais serão esquecidos.
Atualmente, a pequena de cinco anos mora com o pai em Aracaju, no nordeste brasileiro. A avó Cláudia Flores, 50 anos, vê a menina de duas a três vezes por ano. Os 3,4 mil quilômetros que as separam são uma distância difícil de aguentar para quem não havia se afastado da neta nos primeiros dois anos de vida dela.
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