Alex Giacomolli, 19 anos, completaria 20 em 11 de março de 2013. Era estudante do 1º semestre de Agronomia da UFSM, natural de Tapera. Deixa a mãe e uma irmã, Giane Giacomolli.
Alex era filho de José Paulo Giacomolli (falecido), que trabalhou por 42 anos no Curtume Mombelli, e da dona de casa Cleci Zumara Giacomolli.
Centrado e cheio de planos para o futuro. Essa foi uma das descrições que a única irmã de Alex, Giana Giacomolli, fez do irmão.
"Ele era o filho e o irmão que todos gostariam de ter", disse.
Muito caseiro, Alex é lembrado por gostar de passar o tempo com a família. Quem o conheceu descreve-o como um jovem de caráter, organizado, responsável que, apesar de muito tímido, era amigo de todos, sempre carinhoso e companheiro.
Em 11 de março de 1993, nasce o tão esperado menino e caçula da família, Alex Giacomolli. Um menino lindo de cabelos pretos, gordinho, pesando 2.800gr, esperto e muito extrovertido que adorava andar de bombacha e bota.
Esse menino cresce e se torna muito decidido, mas após vivenciar a perda do pai, acaba tornando mais quieto, mas não menos decidido e predestinado. O Alex era um menino meigo, amável, mimado por todos por ser o neto mais novo. Estudioso e caseiro, adorava estar com a família, andar a cavalo, conversar madrugada a dentro.
Com 15 anos ele foi dar inicio a sua carreira profissional indo estudar na Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato (Palmeiras das Missões), onde se formou em Técnico Agropecuária, sendo aprovado logo em seguida pelo PEIES para cursar Agronomia na UFSM.
Ainda no 1º semestre, Alex morava com mais quatro amigos. Ele fazia parte do grupo de Pesquisas e Precisão da universidade.
Mas sem antes fazer estagio na empresa Stara em Não-Me-Toque o que lhe proporcionou muitos momentos de aprendizagem e convivio com os amigos de infância e família. Porém em 15/10/2012 ele muda-se para Santa Maria para começar as aulas na faculdade.
Seria mais um lindo domingo de sol, um dia de verão e num mês que deveria ser de férias. Era assim aquele dia que mudaria para sempre a vida de seus familiares. Um telefonema com perguntas sobre Alex, se estava em casa ou estaria em Santa Maria para as aulas da faculdade que estavam sendo recuperadas devido a greve das Universidades Federais ocorridas aquele ano. Naquele momento a família fica apreensiva, as ligações começam, as buscas pelo facebook até sua irmã realizar uma ligação para um colega de apartamento e descobrir que esse amigo estava internado.
O desespero bate, as ligações não param em busca de informação. Sua irmã e mãe seguem até Santa Maria. A viagem mais longa e insana de suas vidas, angustia e medo acompanham o caminho todo.
Inicia-se as idas aos hospitais, busca em listas de informação com nomes dos internados, conhecer os amigos de faculdade, apartamento, famílias como elas tentando descobrir o que acontecera naquela noite trágica de 27/01/2013, durante o incêndio na boate Kiss.
Elas foram direcionadas ao ginásio do Farezão, onde os corpos das vitimas estavam organizados de um lado ao outro, todos no chão e com um numero de identificação como se fossem objetos, a cena era de horror, uns machucados, outros queimados e todos mortos. No ginásio ao lado o desespero assombrava, todos choravam compulsivamente, roíam unhas, buscavam notícias e listas eram liberadas para o reconhecimento das vitimas por parte de seus familiares, ali foram umas seis horas, conta Giane Giacomolli.
"Então recebemos a temida e menos esperada notícia, fui encaminhada ao ginásio ao lado, os olhos viam mais eu não queria acreditar, meu irmão era uma das vitimas, a funerária já estava a caminho e o velório sendo organizado...mas e suas coisas , seus sonhos, seus planos para o futuro, a faculdade tão sonhada a vida começando a ser descoberta de maneira única, as festas que estavam começando, os namoros que viriam, o casamento, os filhos, as viagens...tudo tinha morrido naquele momento e um pedaço de nós, nossa história, a nossa continuidade também morria." desabafa a irmã.
Elas foram direcionadas ao ginásio do Farezão, onde os corpos das vitimas estavam organizados de um lado ao outro, todos no chão e com um numero de identificação como se fossem objetos, a cena era de horror, uns machucados, outros queimados e todos mortos. No ginásio ao lado o desespero assombrava, todos choravam compulsivamente, roíam unhas, buscavam notícias e listas eram liberadas para o reconhecimento das vitimas por parte de seus familiares, ali foram umas seis horas, conta Giane Giacomolli.
"Então recebemos a temida e menos esperada notícia, fui encaminhada ao ginásio ao lado, os olhos viam mais eu não queria acreditar, meu irmão era uma das vitimas, a funerária já estava a caminho e o velório sendo organizado...mas e suas coisas , seus sonhos, seus planos para o futuro, a faculdade tão sonhada a vida começando a ser descoberta de maneira única, as festas que estavam começando, os namoros que viriam, o casamento, os filhos, as viagens...tudo tinha morrido naquele momento e um pedaço de nós, nossa história, a nossa continuidade também morria." desabafa a irmã.
Fonte: Jornal da Integração
Ele era amigo das primas Paula Bastitella Gatto e Luísa Bastitella Puttow, que também morreram na tragédia.
Meus profundos sentimentos A todos familiares.
ResponderExcluirNão há palavras que confortem essa mãe, principalmente passados 10 anos de injustiça que o poder judiciário impõe a essas famílias que já sofrem imensuravelmente todos os dias!
ResponderExcluir#queremosjustica
Um recado Deus é amor aquela estrelinha que nós amamos sempre estará olhando de cima nada acontece se não fir da vontade de Deus que ele encha preencha o vazio deixado por alguém que amamos amém!!
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