Augusto Sérgio Krauspenhauer da Silva


     Aplicado e galanteador


     Augusto Krauspenhauer, o jovem de 20 anos foi uma das 242 pessoas que morreram sufocadas ou queimadas na fatídica madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, durante uma festa promovida por estudantes universitários na casa noturna Kiss. 
Natural de Santa Maria. Filho da funcionária pública Nadir Krauspenhar da Silva e do subtenente da reserva do Exército Sérgio da Silva. Guto, como era chamado por amigos e familiares, estava no 3º ano da faculdade de Direito no Centro Universitário Franciscano (Unifra). Chegou a cursar os primeiros períodos de Filosofia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), mas por fim resolveu trancar o curso e seguir no Direito. Trabalhou por quase dois anos junto a 1ª Vara Civil Especializada em Fazenda Publica em Santa Maria.No primeiro ano passou pelo cartório e em 2013, último ano de sua vida atuou no gabinete da Dr. Denise Sassi.
     Augusto na sua simplicidade e timidez, era o retrato da educação, do filho bem criado, do homem de bem que iria se transformar. Sempre agradecendo a qualquer ajuda mesmo que não fosse necessário, entrava com o seu sorriso discreto e sentava a trabalhar quieto como sempre era. Mas ao mesmo tempo era alegre principalmente com suas colegas de estágio brincando como criança que era.
     Estudo e dedicação  faziam parte da personalidade de Augusto Sérgio. Segundo sua tia Eliane Krauspenhar, era um menino muito bom, que deixou um irmão, Julio, de 16 anos.
     _Foi muito triste, ele morrer três meses antes de completar 21 anos. O que viu da vida? Estudava tanto, sabia o que queria, lutava tanto por seus ideais, para acabar desse jeito?


     Eliane contou ainda que, apesar de jovem, Augusto fazia sucesso com as meninas da cidade.
     _Tinha duas ex-namoradas dele no enterro, as duas choravam muito, até precisei acudir uma, dando um copo d'água.

Fonte:O Globo.

     Até sua vida ser interrompida precocemente naquela madrugada, ele sempre chegava em casa no início da noite, após o trabalho no Fórum da cidade, onde estagiava havia dois anos.
     Augusto dividia o quarto com o irmão Júlio. Na estante, ainda há medalhas penduradas e luvas de boxe, o esporte praticado pelo jovem. O computador e o telefone celular continuam lá. As fotografias digitais serão impressas e guardadas como  recordação. As roupas que ele usava foram doadas, menos as de festa, que Augusto Sergio vestia para ir a boates como a Kiss. Essas foram guardadas por Nadir, talvez para lembrar de uma noite impossível de ser esquecida. Por ela e por muitas outras famílias.




Fonte:G1 globo.


Facebook: Augusto Krauspenhar

Homenagens



Um mês depois, família tenta superar a dor pela ausência do filho.

Foto: Felipe Truda/G1

A impressão da funcionária pública Nadir Krauspenhauer , é que o filho Augusto Sergio pode a qualquer momento abrir a porta da casa onde ela mora no bairro Camobi, em Santa Maria. Um mês após o incêndio na boate Kiss, a família ainda tenta superar a dor pela ausência do filho. 
O drama de Nadir e do marido, o militar da reserva Sérgio da Silva, de 49 anos, e do caçula Júlio Cesar, 16, começou depois que um primo de Nadir retornou do Centro Desportivo Municipal (CDM), o Farrezão, para onde foram levados os corpos das vitimas do incêndio. Lá ao lado de centenas de outros jovens sem vida, ele encontrou Augusto Sergio, depois de a família ter percorrido diversos hospitais em busca de notícias. Desde então, eles vivem uma espécie de pesadelo sem fim. 
"Quando meu primo voltou do ginásio com o celular e a carteira dele, perdemos a noção do tempo. E até hoje parece que ele já vai chegar. Ele chegava por volta das 19h, e parece que ele já vai chegar. E durante o dia, parece que ele está viajando", conta a mãe, que recebeu a reportagem do G1 em um final de tarde.



"Este é o horário mais complicado", para Nadir e Sérgio, os dias parecem intermináveis. Um mês depois, ainda é difícil para a família aceitar a realidade. Por vezes chegam a se referir ao jovem no presente, como se não tivesse partido. Sorriem ao lembrar dele. A dor causada pela ausência do primogênito ainda não foi superada e talvez jamais seja. Mas o casal encontra forças na fé. A religião espirita os ajuda a seguir em frente. 
"A própria vida é o espirito. A matéria é temporária. Nos apegamos a isto para não sofrer, porque há famílias que ainda estão desesperadas depois de um mês. Mesmo assim há momentos em que ficamos tontinhos. às vezes estamos falando bem, e de uma hora para outra ficamos tristes. E o que tentamos fazer é lembrar dos momentos bons", conta Sérgio.
Fonte: G1.globo


BOATE KISS NETFLIX: Augusto Sérgio inspirou um dos personagens da série Todo Dia a Mesma noite. Todos os personagens são baseados em histórias reais.
O incêndio na Boate Kiss, que completou 10 anos no dia 27 de janeiro de 2023, virou tema da série de ficção Todo Dia a Mesma Noite, da Netflix.
A produção é baseada no livro de mesmo nome da jornalista Daniela Arbex.



Marco (Sandro Aliprandini) foi inspirado em Augusto Krauspenhauer.




Comentários

  1. Meus sentimentos a todos familiares. Que Deus possa conforta los

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  2. Perdi dois primos nessa tragédia e a dor é eterna

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  3. Lindo… é a história que mais mexe comigo… fica bem aí anjinho de luz 💓

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  4. Que rapaz lindo, o céu ganhou mais um anjo.

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